December 23, 2005

Eternamente tua...

Rompi ventos e amanheci outroras
Chorei fogo de lágrimas estendida
Em outros tempos de frágeis auroras
Madrugadas de uma manhã perdida!
Voei para longe sem as minhas esporas
Abracei sorridente a minha ferida
Que sangrou pela calçada onde moras
Em silêncio sem se mostrar sofrida.
O tempo foi cruel e ensinou-me a pensar
Neste interminável caminho do meu andar
No qual apenas observo a lua...
Hoje, sem mágoas volta a mendigar
Na esperança de poder encontrar
Uma aparição, eternamente tua...