April 14, 2008

Alma perdida e deserta

Sonhadora uma alma que jaz incerta
Em páginas escritas num instante
Apregoam aos ventos como porta aberta
Para uma dor de despedida infernizante.

Esta alma que vive perdida e deserta
Sedenta e triste, por estar distante
Da quimera de uma vida que era certa
De uma fugaz felicidade como amante.

Acreditei que a vida fosse esperança
Deliciei-me numa eterna aliança
Adormecida em sonhos teus.

E neste manto de retalhos aos folhos
Enganei-me com o brilho dos teus olhos
Pois eram apenas reflexo dos meus!