April 14, 2008

Lágrimas ocultas para a Florbela

Eu vejo-as cair dentro ti, sim
Eu sinto-as brotar da tua alma
São as lágrimas que choras na tua calma!

E o teu rosto, minha monja de marfim
Reflectem a brandura plácida do teu lago
Que me faz pensativa neste meu triste fado.

Não silencies essa boca dolorida
Pois tens ainda o rir das primaveras
Que esbate em tonalidades graves e severas
Digna de uma Diva como tu, jamais esquecida!

Não cismes em outras eras
Em que riste, cantaste e foste querida
Não foi, nem por sombras, em outras esferas
Mas simplesmente aqui, nesta vida!