December 27, 2005

Sol Poente

Observo as marcas do mar na areia
E as lágrimas correm pela minha face
O sol poente parece-me uma odisseia
Que adormece lentamente o meu impasse.
Teço amorfamente a minha teia
E espero que o tempo passe e repasse
E seja uma subtil panaceia
Que edifica um esperado desenlace.
A lua contempla e vê o meu sofrer
Nesta agonia de tanto querer
Que me lança na morbosidade.
Observa o meu íngreme desvanecer
Sopra o meu pensamento para o embevecer
E me esquecer desta terrível saudade.