June 08, 2008

Lágrimas em sangue

Vasculhando as gavetas de um sentir
Com as pontas dos dedos que adormecem
Secretos silêncios que não se conseguem banir
Dos estilhaços em que sempre permanecem.

Rodopiando na loucura de um bramir
Em destroços de ventos que carecem
De novas aragens que teimam em parir
Gritos de desespero que se esmorecem!

Fecho o meu coração que chora
Tristezas que não conhecem hora
Nas palavras ditas sem razão!

Lágrimas em sangue vou perdendo
E por entre as ruelas do sonho vou morrendo
Agarrada a este mundo de ilusão!