June 08, 2008

Sou lágrimas

Canto melodias que só o meu coração conhece
Abraçada a estes silêncios de vida que mantenho
Deambulando por entre espaços vazios, desenho
Outras páginas de uma vida que esmorece.

O vazio chega durante a noite que me entristece
Para me lembrar que tudo o que em mim detenho
É um Hino de horrores num mundo que não tenho
E se dilui nas palavras desesperadas de uma prece.

Sou nada, sou ninguém
Sou efémera fantasia do além
Que carrega um fado que jamais desiste!

Sou lágrimas que ficam em cada olhar,
Em cada pedaço de um longo caminhar
Numa esperança de vida que já não existe!