June 29, 2008

Solidão ao adormecer

Silencio o tempo que por mim passa, sem perdão
Ancorando pedaços de sentires algemados no vento
Respiro as lágrimas de pó que descem ao meu coração
E continuo a derramar sem piedade este meu lamento…

Agarro as quimeras em sonhos esculpidos, mas em vão
A claridade é imensa e inebria todo o meu intento
Esculpo, dentro de mim, as odes de uma oração
Para gritares no dia da minha morte, sem alento

Vem… sussurra-me ao ouvido a tua dor
Com os teus lábios cerrados, saboreia o meu Amor
E afaga esta minha alma a esmorecer…

Deixa-me fechar os olhos e deles brotar
Lágrimas de sonhos que me fazem acreditar
Na solidão que me abraça quando quero adormecer.