July 17, 2008

Silêncio

Olhando o silêncio nas pálpebras do anoitecer
Viajo triste e cansada neste meu pobre viver
De uma vida em ruídos que teima em soar
Gritos perdidos de uma alma perdida ao luar.

Agarrada a uma esperança que venha embevecer
Momentos sagrados que me impedem de morrer
Por entre os vazios bramidos que pairam no mar
Encho o vazio, por querer estar em algum lugar.

Contemplo, sem pudor, o firmamento
Retenho, na memória e no meu pensamento
Histórias de uma vida que não queria silenciar…

Observo as marcas de toda a dor cravada na areia
Esboço sorrisos sinceros para que toda a gente leia
Que o silêncio, não é mais do que uma forma de Amar.