May 31, 2008

Pensativa

Há dias assim… que não sabemos bem o que fazer ou dizer
Há dias assim… que o céu, apesar de azul, tem um cinzento no ar
Há dias assim… apenas assim… que me fazem querer
Que outros dias possam vir para estes não mais lembrar!

Há dias assim… iguais a tantos outros, cheios de sofrer
Há dias assim… que parece que em nada ajudam neste caminhar
Há dias assim… que me fazem pensar em morrer
Pois teimam para eu deixar de Acreditar.

Nestes dias, eu temo para não ceder
Falo Contigo para que possas aquecer
O meu pobre e triste coração.

São estes dias que me fazem também crescer
E apesar de toda a nostalgia que possa parecer
São eles que me ditam o refrão da minha canção!

May 05, 2008

Desejo sem tempo

Deslizando suavemente com a minha mão
Toco com ternura, até o auge do prazer
Penso, nestes momentos de alienação,
Em devaneios efémeros que me fazem gemer.

Onde estarás tu, amor do meu coração
Que em palavras doces sussurras um querer
Tocando no meu corpo, a nossa canção
Ritmos de um desejo quente ao anoitecer.

E a valsa desta entrega jorra de vontade
Húmidos momentos cheiram a saudade
De uma noite assim tão desejada

Abraço o tempo para não mais parar
Deslindo o meu cabelo num doce tocar
Enquanto me sentes, completamente molhada…

(Adoro molhar-me ao anoitecer)

May 04, 2008

Dou por mim a sorrir

Castelos de sonho talhados ao luar
Onde moram estranhos sentires
Rumores entrelaçados que me fazem chorar
Em eternos momentos, depois de partires…

Sentir-te em mim, apenas me faz levitar
Em recordações de eternos possuíres
Quebra o tempo e o espaço num arrepiar
De frágeis momentos, até tu te vires!

Oh! Saudade estranha desse odor
Que penetra em mim com tanto calor
Nas ruelas do meu corpo a bramir…

Esqueço que o mundo existe lá fora
Imagino cenários longínquos de outrora
Quando dou por mim novamente a sorrir.

O teu sabor

Volátil momento que por mim passa
Sem tempo, nem espaço para pensar
Transportando silêncios por uma vidraça
De um sentir sublime que não se pode calar.

Efémeros pensamentos, que como fumaça
Desaparecem ruidosos sem rasto deixar
Permanecendo apenas uma saudade devassa
Nos seios de uma vida que não pode parar.

E assim recordo com paixão,
Os momentos que enchem o meu coração
De pinceladas profundas de uma dor.

Lembro-me do teu gemer, amordaçado
Pelo delírio do meu corpo entrelaçado
Que grita faminto pelo teu sabor!

Doce sabor a mar

Iniciei os passos desta carinhosa dança
Envolvida nas cores de um sentimento grandioso
Que me faz querer brincar tal como uma criança
Que mostra, sem temer, o seu sorriso caprichoso.

Peguei na tua mão, para que com confiança
Pudesses acertar os passos neste voo majestoso
Onde duas almas ainda nutrem de esperança
Um sonho, mesmo num dia chuvoso.

Vem dançar, sem medo e sem receios
Vamos brindar nos nossos devaneios
O sentir deste Amor que paira no ar..

Abraça-me ao vento, para me proteger
Lê nos meus olhos o que eles têm para dizer
E alimenta-te deste doce sabor a mar…