February 05, 2007

Louca

Fome vadia de uma estrada perdida
Rugas da dor na alma que chora
Alimenta a esperança que fora traída
Nas mentiras onde a existência mora.
Fardo podre à espera de guarida
Ilusões constantes que sinto agora
Silêncios ruídosos no momento da partida
Momentos efémeros que não têm hora.
Virei as costas para pensar
Para viver, chorar e disparar
O revólver apontado na minha boca...
Silêncio de ecos, tristezas e agonias
Fazem-me questionar todos os dias
Se a minha integridade ficou louca!

Silêncios vazios

Transpiro calada, silêncios contidos
Que teimam em inundar a minha mente
Lançam no ar segredos escondidos
E fingem nem sequer estar presente
Fecham as portas de suores sofridos
Abrem a vida que estava latente
Acordam sentires há muito feridos
Pelas palavras que estiveram ausentes.
Silêncios de dor, agonia e mágoa
Envoltos na palcidez da água
À espera da corrente passar...
Sentires trocados há muito regressam
E por muito que eles me peçam
Não consigo deixar de os abraçar...